Segunda Guerra Civil Sudanesa

Segunda Guerra Civil Sudanesa
Data 6 de junho de 1983 – 9 de janeiro de 2005
(21 anos, 7 meses e 4 dias)
Local Nilo Azul, Montes Nuba e Sudão do Sul
Desfecho Acordo Geral de Paz (2005).
Referendo de 2011.
Independência do Sudão do Sul.
Beligerantes
Sudão EPLS
Frente Oriental[nota 1]
AND (1989-2005)[nota 2]
Comandantes
Yaffar al-Numeiry
Suwar al-Dahab
Sadiq al-Mahdi
Omar al-Bashir
John Garang
Salva Kiir Mayardit
Forças
Sudão Forças Armadas:
57 000 (1988)[1]
65 000 (1989)[1]
81 000 (1994)[1]
100 000 (1996)[1]
117 000 (2002)[2]
104 000 (2007)[3]
109 300 (2009)[4]
Sudão Policia:
7 000 (2002)[2]
76 500 (2007)[3]
Sudão Milicias:
85 000 (2002)[2]
110 000 (2007)[3]
102 500 (2009)[4]
Sudão Aliados:
8 000 (2007)[3]
EPLS:
500 (1983)[5]
12 500 (1986)[5]
20 000 (1987)[1]
20 000-30 000 (1989)[5]
50 000-60 000 (1991)[5][1]
30. 000-40 000 (1994)[1]
30 000-50 000 (1996)[1]
25 000 (2002)[2]
120 800 (2007)[3]
20 000-30 000 (2009)[4]
Aliados:
3 000 (2002)[2]
42 000 (2007)[3]
  • Frente Oriental:
    2 500 (1996)[1]
    4 000 (2007)[3]
1 a 2,5 milhões de mortos (a maioria civis, devido à fome e seca)
John Garang.

A Segunda Guerra Civil Sudanesa (1983 - 2005) foi um conflito bélico ocorrido entre a parte norte do Sudão e a parte sul, que teve início em 1983 quando o governo muçulmano do norte tentou impor a Charia em todo o país, inclusive no sul, onde a maioria da população é cristã e animista. Embora para alguns, seja a continuação da Primeira Guerra Civil Sudanesa de 1955 e 1972. Ocorreu, principalmente no sul do Sudão e foi uma das guerras mais longas e mais mortíferas do final do século XX.

O conflito que durou mais de 21 anos deixou aproximadamente dois milhões de civis mortos no sul, como resultado da guerra, fome e doenças causadas pelo conflito,[6] e mais de quatro milhões de refugiados e deslocados internos. O número de mortes de civis é um dos mais altos do que qualquer guerra desde a Segunda Guerra Mundial.[7]

Em 2004, algumas ONGs estimam que o SPLAM incluiu de 2 500 a 5 000 crianças em suas fileiras, o grupo armado afirma que entre 2001 até este ano, havia desmobilizado e devolvido para suas casas 16 000 crianças, no entanto, nos processos de paz observadores internacionais notaram que muitos tinham vindo a voltar ao grupo rebelde.[8]

Após quase três anos de negociações o conflito foi encerrado com a assinatura do Tratado de Naivasha em 9 de janeiro de 2005. Os rebeldes do sul na luta contra o governo de Cartum eram liderados por John Garang, que se tornou o primeiro vice-presidente do Sudão após a assinatura do acordo de paz. Da assinatura deste tratado surgiu a região autônoma do Sudão do Sul.

Ver também

Referências

  1. a b c d e f g h i Uppsala conflict data expansion. Non-state actor information. Codebook pp. 129-131.
  2. a b c d e Armed forces - Sudan La cifra de paramilitares incluye tanto a policias como a milicianos.
  3. a b c d e f g The militarization of Sudan. pp. 9
  4. a b c Content and Context: Autonomy and conflict settlement in Sudan
  5. a b c d GlobalSecurity.org - Sudan People's Liberation Army (SPLA); Sudan People's Liberation Movement (SPLM)
  6. De re Militari: muertos en Guerras, Dictaduras y Genocidios
  7. Sudan: Nearly 2 million dead as a result of the world's longest running civil war, U.S. Committee for Refugees, 2001. Archived 10 December 2004 on the Internet Archive. Accessed 10 April 2007.
  8. SPLA to demobilize all child soldiers by end of the year - Sudan Tribune Plural news and views on Sudan 30 de agosto de 2010.

Notas

  1. O Eastern Front é uma coalizão de grupos rebeldes islâmicos armados dirigidos por Musa Mohamed Ahmed, que operam desde os anos 1990, em 2005 pelos acordos de paz o SPLA abandonou esta aliança. Em 2004 a fusión das guerrillas Congresso Beja (formado pela tribo beja, fundado em 1995) e os Leões Livres de Rashaida (da tribo rashaida, ativo desde 1999) originou a aliança. Em 2006, o grupo fez negociações de paz, um conselho regional foi criado para atender suas demandas e garantir a sua desmobilização, porém em janeiro de 2011, um grupo mais radical se separou do governo de coalizão regional e criou a FAES em protesto completo para quaisquer negociações.
  2. Aliança de grupos opositores sudaneses que incluiu entre seus membros o SPLM e a Frente.
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