José Domingues dos Santos

 Nota: Não confundir com José Domingues dos Santos Filho.
José Domingues dos Santos
José Domingues dos Santos
Presidente do Ministério de Portugal[1]
Período 22 de novembro de 1924
até 16 de fevereiro de 1925
Presidente Manuel Teixeira Gomes
Antecessor(a) Alfredo Rodrigues Gaspar
Sucessor(a) Vitorino Guimarães
Dados pessoais
Nascimento 8 de maio de 1887
Lavra, Matosinhos
Morte 16 de agosto de 1958 (71 anos)
Santo Ildefonso, Porto
Alma mater Universidade de Coimbra
Partido Partido Republicano da Esquerda Democrática
Ocupação político, jornalista, ministro

José Domingues dos Santos (Lavra, Matosinhos, 8 de maio de 1887 – Santo Ildefonso, Porto, 16 de agosto de 1958)[2][3] foi um político, jurista, professor e jornalista português que, entre outras funções, exerceu as funções de presidente do Ministério de um dos governos da Primeira República Portuguesa. Pertenceu, pelo menos desde 1922, à Maçonaria.

Biografia

José Domingues dos Santos nasceu na casa da Tulha, em Antela, freguesia de Lavra, concelho de Matosinhos, a 8 de maio de 1887, filho de José Domingues dos Santos e de Maria Duarte de Oliveira, uma família de lavradores modestos.

Durante o ensino primário, que fez na sua localidade natal, revelou-se um aluno brilhante e esforçado. Como a modéstia social da família não lhe permitia aspirar a estudos liceais, como era norma na época, ingressou no Seminário Maior do Porto, onde concluiu o Curso Teológico. Não tendo vocação para o sacerdócio, não se ordenou padre, ingressando então no curso de Direito da Universidade de Coimbra.

Com 24 anos de idade e ainda aluno de Direito em Coimbra, casou a 7 de Outubro de 1911 com Evangelina da Silva Ramalho, também oriunda de Lavra. Terminado o curso, abriu um consultório de advogado no Porto, cidade onde se fixou, passando a acumular o trabalho como advogado com o de professor no Instituto Industrial e Comercial do Porto e, após o desdobramento deste ocorrido em 1918, no resultante Instituto Superior de Comércio do Porto.

Republicano liberal e democrata, envolvido nas questões laborais da época, iniciou-se na vida política filiando-se no Partido Democrático, pelo qual foi sucessivamente eleito deputado pelo círculo eleitoral do Porto durante três legislaturas, entre 1918 e 1926. Ingressou então na direcção do partido, ocupando lugar de relevo entre os seus dirigentes nacionais. Seguindo o lema "Todas as ditaduras, tanto de esquerda como de direita, são odiosas", fundou no Porto o jornal A Tribuna.

Notabilizou-se em Janeiro de 1919, durante os acontecimentos da Monarquia do Norte, tendo sido mandado prender por Paiva Couceiro. Foi libertado a 13 de Fevereiro, pela vitória do contra-golpe comandado no Porto pelo então "capitão sem medo" João Maria Sarmento Pimentel, tendo nesse dia liderado a ocupação do edifício do Governo Civil do Porto, sendo logo confirmado pelo governo no cargo de governador civil do Distrito do Porto.

Poucos meses depois, foi chamado a integrar o governo presidido por Alfredo de Sá Cardoso, tomando posse a 28 de Julho de 1919 do cargo de ministro do Trabalho e Previdência Social. Era um governo dominado pela "ala moderada e conciliadora" do Partido Democrático, na qual José Domingues dos Santos se incluía.

Como ministro do Trabalho, teve de enfrentar um clima de grande conflitualidade laboral, a que se associava uma forte actividade anarco-sindicalista, comprometendo-se na altura a respeitar as "justas reivindicações das classes trabalhadoras" desde que "dentro da lei e da ordem". Neste âmbito, enfrentou de imediato um dos maiores desafios do seu mandato: o controlo da greve do pessoal dos caminhos-de-ferro, que se tinha iniciado a 3 de Junho anterior e se prolongava indefinidamente. Esta greve era acompanhada de grande perturbação social e incidentes cada vez mais violentos, que culminaram a 15 de Agosto, quando explodiram algumas bombas na estação do Rossio e ocorreram cenas de tiros no Entroncamento, ao mesmo tempo que continuavam os descarrilamentos de comboios. A situação era tão grave, que o governo resolveu então colocar, compulsivamente, grevistas nos primeiros vagões das composições, para que fossem vítimas de possíveis atentados. A greve apenas terminou a 1 de Setembro, depois de uma dura intervenção governamental.

Vítima da instabilidade crónica e da violência que se tinha abatido sobre a sociedade portuguesa, o governo de Alfredo de Sá Cardoso demite-se a 15 de Janeiro de 1920, naquele que ficou como um dos incidentes mais bizarros da conturbada história da Primeira República Portuguesa, bem demonstrativos da crónica instabilidade do tempo, quando Francisco Fernandes Costa tendo nesse dia sido indigitado para o cargo d presidente do Ministério, foi logo obrigado a demitir-se, naquele que ficou conhecido como o Governo dos Cinco Minutos. O governo de Sá Cardoso teve de se manter interinamente até 21 de Janeiro, data em que foi substituído por um gabinete ministerial presidido por Domingos Pereira.

José Domingues dos Santos regressou à actividade governativa a 26 de Junho de 1920, quando integrou o elenco ministerial de António Maria da Silva, agora com a pasta de ministro do Comércio e Comunicações, fazendo jus à sua especialidade como professor do Instituto Superior de Comércio do Porto. O desempenho foi efémero, já que o governo caiu a 19 de Julho, decorrido menos de um mês após a sua posse.

O seu regresso ao governo ocorreu a 29 de Novembro daquele mesmo ano, quando voltou a ocupar ao cargo de ministro do Trabalho e Previdência Social, agora no executivo chefiado por Liberato Pinto. Apesar de o governo ter caído a 2 de Março de 1921, manteve-se no cargo, desta feita a convite de Bernardino Machado, o novo presidente do Ministério. Foi também uma experiência efémera, já que o governo caiu cerca de três meses depois, a 23 de Maio de 1921.

Sendo um dos eternos "ministeriáveis da República", José Domingues dos Santos regressou, mais uma vez, ao executivo, desta feita como ministro da Justiça do governo presidido por Álvaro de Castro, tomando posse a 22 de Dezembro de 1923. Este governo foi também de pouca dura, já que logo a 7 de Julho de 1924 foi substituído por mais um governo de iniciativa militar, agora chefiado pelo comandante Alfredo Rodrigues Gaspar.

Com o agudizar das tensões sociais que levavam inexoravelmente a Primeira República Portuguesa em direcção ao colapso, as soluções governativas eram cada vez menos consensuais e os riscos de sublevação cresciam. Foi nesse contexto que a Junta Consultiva e o Directório do Partido Democrático, numa cedência aos radicais do partido, propuseram ao então Presidente da República Manuel Teixeira Gomes que encarregasse o Dr. José Domingues dos Santos de formar governo. O governo por ele presidido tomou posse a 22 de Novembro de 1924, num ambiente em que era já clara a organização da direita em torno da chamada União dos Interesses Económicos, a que se associava a Associação Central da Agricultura Portuguesa, ao mesmo tempo que o radicalismo da esquerda crescia visivelmente.

O governo presidido por José Domingues dos Santos, no qual ele acumulava a pasta de ministro do Interior, seguiu o padrão de instabilidade e facciosismo em que tinham caído os executivos da República e sucumbiu, menos de três meses após tomar posse, minado pelas cisões dentro do Partido Democrático, quando a 11 de Fevereiro de 1925 foi apresentada uma moção de desconfiança que foi aprovada no Congresso da República por 65 votos contra 45 a favor. Ainda assim, conseguiu alguma produção legislativa e alguns arremedos de reformismo, tendo publicado 85 diplomas ministeriais no seu curto mandato.

Num discurso bem demonstrativo da crescente radicalização do Partido Democrático e do crescente esquerdismo, José Domingues dos Santos afirmava aquando da queda do seu governo: "Os senhores deputados querem um governo que esteja do lado dos exploradores contra os explorados. Vossas Excelências querem um governo que espingardeie o povo!"

A partir da queda do seu governo, José Domingues dos Santos passou a liderar a facção esquerdista do Partido Democrático, os chamados "canhotos", que entrou em ruptura com a facção moderada dos "bonzos", liderada por António Maria da Silva. Esta ruptura alargou-se a ponto de o partido se cindir, com o abandono dos "canhotos", que liderados por José Domingues dos Santos em Agosto fundaram o Partido Republicano da Esquerda Democrática, e colocavam entre os seus objectivos o fim dos monopólios e o parcelamento dos latifúndios. O novo partido tomou A Tribuna como o seu principal órgão de comunicação social.

A luta partidária que se esboçava foi cortada cerce com o movimento de 28 de Maio de 1926, que pôs termo à Primeira República Portuguesa e em pouco tempo eliminou as liberdades democráticas e proibiu os partidos políticos. Inconformado com esta situação, dentro da tradição política anterior de permanente golpismo, José Domingues dos Santos toma parte activa na revolta de 3 de Fevereiro de 1927, uma tentativa falhada de derrube da Ditadura Militar que entretanto se instalara. Ainda em 1926 aparecem citações da sua autoria no semanário A Choldra.[4]

Tendo o golpe terminado num banho de sangue, os revoltosos de 1927, entre os quais José Domingues dos Santos vêm-se obrigados a fugir para o exílio, refugiando-se em França.

Instalado em Paris, não desistiu da sua luta contra a ditadura. Fez parte da Liga de Defesa da República, mais conhecida por "Liga de Paris", que congregou democratas portugueses ali exilados, entre os quais Afonso Costa, Bernardino Machado, Jaime Cortesão, António Sérgio e Álvaro de Castro. Foi considerado como um dos membros do "grupo dos Budas" da oposição no exílio.

Manteve-se activo na oposição ao Estado Novo até ao início da década de 1950. Aquando do fim da Segunda Guerra Mundial, a União Patriótica e Democrática, a que presidia, desenvolveu infrutiferamente intensa actividade junto dos governos dos Aliados com vista ao derrube do governo de Oliveira Salazar.

José Domingues dos Santos passou a escrever para vários jornais e revistas francesas e tornou-se comentador de política internacional da Radiodifusão Francesa. Assinava crónicas, algumas publicadas na imprensa portuguesa, com o pseudónimo "José d'Além". Autorizado a regressar a Portugal em 1954, faleceu no Porto a 16 de Agosto de 1958.

José Domingues dos Santos foi adoptado como patrono da principal escola de Lavra e é recordado na toponímia de uma rua de Cabanelas. Em 1980, os Correios de Portugal (CTT) dedicaram-lhe um selo postal na emissão Grandes Vultos do Pensamento Republicano.

Nunca aceitou condecorações por ser Maçon.

Obras publicadas

Para além de múltiplos artigos na imprensa periódica, publicou:

  • Mensagem aos Democratas Portugueses, Paris, 1946.

Referências

  1. «Governo de Portugal». www.portugal.gov.pt. Consultado em 10 de novembro de 2022 
  2. Sousa, Fernando de; Pereira, Conceição Meireles (coord.). «José Domingues dos Santos». Primeiros-Ministros de Portugal: 1820-2020. 2.º volume. Lisboa: Imprensa Nacional. p. 876. ISBN 978-972-27-2485-2 
  3. «Registos de baptismos 1887-01-03/1887-12-18». Paróquia de Lavra. p. 18, assento 33 
  4. Helena Bruto da Costa. «A Choldra» (PDF). Hemeroteca Digital. Câmara Municipal de Lisboa 
  • António José Queirós, José Domingues dos Santos (1887–1958) — Percurso de um inconformista, O Tripeiro, volume XXII (7), Porto, 2003.

Ligações externas

  • Fotografia de José Domingues dos Santos[ligação inativa]
  • Nota biográfica de José Domingues dos Santos
  • Cronologia dos acontecimentos de 1924 em Portugal[ligação inativa]
  • Selo postal com fotografia de José Domingos dos Santos

Precedido por
Augusto Dias da Silva
(de facto)
Jorge de Vasconcelos Nunes
(interino)
Ministro do Trabalho e Previdência Social
(1.ª vez)
19191920
(XXI Governo Republicano)
Sucedido por
José Joaquim Fernandes de Almeida
(não empossado)
José Domingues dos Santos
(de facto)
Precedido por
César Justino de Lima Alves
(de facto)
João Luís Ricardo
(em substituição)
Ministro da Agricultura
(interino)
1920
(XXI Governo Republicano)
Sucedido por
Afonso Pinto Veloso
(interino; não empossado)
José Domingues dos Santos
(interino; reconduzido)
João Luís Ricardo
(em substituição)
Precedido por
'José Domingues dos Santos'
(de facto)
José Joaquim Fernandes de Almeida
(não empossado)
Ministro do Trabalho e Previdência Social
(1.ª vez; reconduzido)
1920
(XXI Governo Republicano)
Sucedido por
Amílcar Ramada Curto
Precedido por
'José Domingues dos Santos'
(interino; reconduzido)
João Luís Ricardo
(em substituição)
Afonso Pinto Veloso
(interino; não empossado)
Ministro da Agricultura
(interino; reconduzido)
1920
(XXI Governo Republicano)
Sucedido por
João Luís Ricardo
(em substituição)
Álvaro de Lacerda
(de facto)
Precedido por
Aníbal de Azevedo
Ministro do Comércio
1920
(XXV Governo Republicano)
Sucedido por
Francisco Velhinho Correia
Precedido por
Júlio Ernesto Lima Duque
(de facto)
Adriano Pimenta
(não empossado)
António Joaquim Ferreira da Fonseca
(interino)
Ministro do Trabalho e Previdência Social
(2.ª vez)
19201921
(XXVIII e XXIX Governo Republicano)
Sucedido por
Tomé de Barros Queirós
(interino)
Júlio Ernesto Lima Duque
(de facto)
Precedido por
Artur Lopes Cardoso
Ministro da Justiça
19231924
(XXXIX Governo Republicano)
Sucedido por
João Catanho de Meneses
Precedido por
Alfredo Rodrigues Gaspar
Presidente do Ministério de Portugal
19241925
(XLI Governo Republicano)
Sucedido por
Vitorino Guimarães
Precedido por
Alfredo Rodrigues Gaspar
Ministro do Interior
19241925
(XLI Governo Republicano)
Sucedido por
Vitorino Henriques Godinho
Precedido por
Fernando Augusto Pereira da Silva
Ministro da Marinha
(interino)
19241925
(XLI Governo Republicano)
Sucedido por
Fernando Augusto Pereira da Silva
Controle de autoridade
  • v
  • d
  • e
Presidentes do Ministério de Portugal durante a Primeira República Portuguesa (1910–1926)

Teófilo Braga (Pres. Gov. Prov.) João Chagas Augusto de Vasconcelos Duarte Leite Augusto de Vasconcelos (interino) Duarte Leite (continuação) Afonso Costa Bernardino Machado Victor Hugo de Azevedo Coutinho Joaquim Pimenta de Castro Junta Constitucional João Chagas (não empossado) José de Castro (inicialmente interino) Afonso Costa (2.ª vez) António José de Almeida Afonso Costa (interino) António José de Almeida (continuação) Afonso Costa (3.ª vez) José Norton de Matos (interino) Afonso Costa (3.ª vez; continuação) José Norton de Matos (interino) Junta Revolucionária Sidónio Pais (Pres. Ministério; depois Pres. República) Governo João do Canto e Castro (inicialmente interino; depois Pres. República) João Tamagnini Barbosa José Relvas Domingos Pereira Alfredo de Sá Cardoso Francisco Fernandes Costa (não empossado) Alfredo de Sá Cardoso (reconduzido) Domingos Pereira (2.ª vez) António Maria Baptista José Ramos Preto (inicialmente interino) António Maria da Silva António Granjo Álvaro de Castro Liberato Pinto Bernardino Machado (2.ª vez) Tomé de Barros Queirós António Granjo (2.ª vez) Ministério Manuel Maria Coelho Carlos Maia Pinto Francisco da Cunha Leal António Maria da Silva (2.ª vez) António Ginestal Machado Álvaro de Castro (2.ª vez) Alfredo Rodrigues Gaspar José Domingues dos Santos • Vitorino Guimarães António Maria da Silva (3.ª vez) Domingos Pereira (3.ª vez) António Maria da Silva (4.ª vez)

Bandeira do presidente do Ministério
« Monarquia Constitucional
Segunda República »
  • v
  • d
  • e

António José de Almeida Bernardino Machado (interino) António José de Almeida (continuação) João Chagas Silvestre Falcão Alberto da Silveira (interino) Silvestre Falcão (continuação) Duarte Leite Augusto de Vasconcelos (interino) Duarte Leite (continuação) Rodrigo Rodrigues Bernardino Machado Alexandre Braga Joaquim Pimenta de Castro (interino) Pedro Gomes Teixeira Junta Constitucional João Chagas (não empossado) José de Castro (interino) José Augusto Ferreira da Silva • João Catanho de Meneses Artur de Almeida Ribeiro António Pereira Reis • Brás Mousinho de Albuquerque António José de Almeida (interino) Brás Mousinho de Albuquerque (continuação) Artur de Almeida Ribeiro (2.ª vez) Junta Revolucionária António Machado Santos Henrique Forbes de Bessa • João Tamagnini Barbosa António Bernardino Ferreira • João Tamagnini Barbosa (2.ª vez) José Relvas Domingos Pereira António Maria Baptista (interino) Domingos Pereira (continuação) Alfredo de Sá Cardoso António Granjo (não empossado) Alfredo de Sá Cardoso (reconduzido) Domingos Pereira (2.ª vez) António Maria Baptista José Ramos Preto (interino) João Pedroso de Lima • António Granjo (interino) Felisberto Pedrosa Álvaro de Castro Liberato Pinto Bernardino Machado (2.ª vez) Abel Hipólito António Granjo (2.ª vez) Manuel Maria Coelho Carlos Maia Pinto Francisco da Cunha Leal António Maria da Silva António Ginestal Machado Alfredo de Sá Cardoso (2.ª vez) Alfredo Rodrigues Gaspar José Domingues dos Santos • Vitorino Henriques Godinho Germano Martins • Domingos Pereira (3.ª vez) António Maria da Silva (2.ª vez)

Bandeira ministerial portuguesa
« Monarquia Constitucional
Segunda República »
  • v
  • d
  • e

Afonso Costa Bernardino Machado (interino) Afonso Costa (continuação) Bernardino Machado (interino) Afonso Costa (continuação) Diogo Leote António Macieira Francisco Correia de Lemos • Álvaro de Castro Manuel Monteiro • Bernardino Machado (interino) Eduardo de Sousa Monteiro Augusto Vieira Soares (interino) José Maria Barbosa de Magalhães Joaquim Pimenta de Castro (interino) Guilherme Moreira Junta Constitucional Paulo Falcão • João Catanho de Meneses Luís Mesquita de Carvalho Alexandre Braga José Maria Barbosa de Magalhães (interino) Junta Revolucionária Alberto de Moura Pinto • Martinho Nobre de Melo Alberto Osório de Castro Jorge Couceiro da Costa Afonso Pinto Veloso Francisco Joaquim Fernandes • Francisco Couceiro da Costa Domingos Pereira (interino) Francisco Couceiro da Costa António Granjo Artur Lopes Cardoso • Luís Mesquita de Carvalho (não empossado) Artur Lopes Cardoso (reconduzido) Luís Mesquita de Carvalho (2.ª vez) José Ramos Preto António de Oliveira e Castro • Artur Lopes Cardoso (2.ª vez) José de Matos Cid • Raul Lelo Portela Vasco Guedes de Vasconcelos (não empossado) António Arez • Vasco Guedes de Vasconcelos António de Abranches Ferrão João Catanho de Meneses (2.ª vez) Vasco Borges (interino) • João Catanho de Meneses (2.ª vez; continuação) António de Abranches Ferrão (2.ª vez) Artur Lopes Cardoso (3.ª vez) José Domingues dos Santos • João Catanho de Meneses (3.ª vez) Pedro de Castro • Adolfo de Oliveira Coutinho • Casimiro Monteiro João Catanho de Meneses (4.ª vez)

Bandeira ministerial portuguesa
« Monarquia Constitucional
Segunda República »
  • v
  • d
  • e

Amaro de Azevedo Gomes João Duarte de Meneses Celestino de Almeida Francisco Fernandes Costa José de Freitas Ribeiro Augusto Eduardo Neuparth Vítor Hugo de Azevedo Coutinho Joaquim Pimenta de Castro (interino) José Xavier de Brito Junta Constitucional Francisco Fernandes Costa (2.ª vez) José de Castro (interino) Francisco Fernandes Costa (2.ª vez; continuação) José de Castro (inicialmente interino) Vítor Hugo de Azevedo Coutinho (2.ª vez) José António Arantes Pedroso Junta Revolucionária António Aresta Branco Alfredo Magalhães (interino) José Carlos da Maia Alfredo Magalhães (2.ª vez; interino) João do Canto e Castro Alfredo Magalhães (3.ª vez; interino) José de Sousa e Faro Jorge de Vasconcelos Nunes (interino) Tito Augusto de Morais José Carlos da Maia (interino) Tito Augusto de Morais (continuação) Júlio Martins Vítor Macedo Pinto • Alfredo Rodrigues Gaspar (interino) Silvério da Rocha e Cunha Tito Augusto de Morais (não empossado) Silvério da Rocha e Cunha (reconduzido) Celestino de Almeida (2.ª vez) Joaquim Júdice Biker • Fernando Brederode Ricardo Pais Gomes Júlio Martins (2.ª vez) Liberato Pinto (interino) Fernando Brederode (2.ª vez) Ricardo Pais Gomes (2.ª vez) Vítor Macedo Pinto (não empossado) Francisco Luís Ramos • João Manuel de Carvalho • Vítor Hugo de Azevedo Coutinho (3.ª vez) Abel Fontoura da Costa (inicialmente interino) Joaquim Júdice Bicker • Fernando Augusto Pereira da Silva José Domingues dos Santos (interino) Fernando Augusto Pereira da Silva (2.ª vez)

Bandeira do Ministro da Marinha
« Monarquia Constitucional
Segunda República »
  • v
  • d
  • e

Herculano Galhardo Junta Revolucionária Francisco Xavier Esteves Manuel Pinto Osório Francisco Xavier Esteves (interino) Joaquim Mendes do Amaral João Alberto de Azevedo Neves Manuel Pinto Osório (2.ª vez) João Pinheiro (interino) Manuel Pinto Osório (2.ª vez; continuação) Júlio Martins Ernesto Navarro Jorge de Vasconcelos Nunes (não empossado) Ernesto Navarro (reconduzido) Jorge de Vasconcelos Nunes Aníbal de Azevedo • José Domingues dos Santos • Francisco Velhinho Correia António Joaquim Ferreira da Fonseca António Granjo Francisco Fernandes Costa António Curson António Pires de Carvalho • Vasco Borges Vitorino Guimarães (interino) Nuno Simões Eduardo Alberto Lima Basto Vasco Borges (2.ª vez; inicialmente interino) Fernando Brederode João Vaz Guedes Pedro Pita • António Joaquim Ferreira da Fonseca (2.ª vez) Nuno Simões (2.ª vez) Hélder Ribeiro (interino) Henrique Pires Monteiro • Plínio Silva Frederico Ferreira de Simas Manuel Gaspar de Lemos Nuno Simões (3.ª vez) Manuel Gaspar de Lemos (2.ª vez; interino)

Bandeira ministerial portuguesa
« Ministros do Fomento
Segunda República (Comércio) »
Segunda República (Comunicações) »
  • v
  • d
  • e

António Maria da Silva Eduardo Alberto Lima Basto Junta Revolucionária Feliciano da Costa Henrique Forbes de Bessa • Eurico Cameira Augusto Dias da Silva • Jorge de Vasconcelos Nunes José Domingues dos Santos • José Joaquim Fernandes de Almeida (não empossado) José Domingues dos Santos (reconduzido) Amílcar Ramada Curto Bartolomeu Severino José da Costa Júnior • Júlio Ernesto de Lima Duque Adriano Pimenta (não empossado) António Joaquim Ferreira da Fonseca (interino) José Domingues dos Santos (2.ª vez) Tomé de Barros Queirós (interino) Júlio Ernesto de Lima Duque (2.ª vez) António Pires de Carvalho (interino) Alfredo Azevedo e Sousa • Manuel Maria Coelho (interino) António Alberto Torres Garcia (não empossado) Francisco Trancoso (interino) Augusto Alves dos Santos Vasco Borges (interino no final) Leonardo Coimbra (interino) Alberto Rocha Saraiva Pedro Pita (interino) Júlio Ernesto de Lima Duque (3.ª vez) Rodolfo Xavier da Silva João de Deus Ramos Ângelo Sampaio Maia • António do Lago Cerqueira Francisco Alberto da Costa Cabral

Bandeira ministerial portuguesa
Segunda República »
  • v
  • d
  • e

Eduardo Fernandes de Oliveira Jorge de Vasconcelos Nunes César de Lima Alves João Luís Ricardo (não empossado) José Domingues dos Santos (interino) Afonso Pinto Veloso (interino; não empossado) João Luís Ricardo (reconduzido; não empossado) José Domingues dos Santos (reconduzido; interino) Álvaro de Lacerda Jorge de Vasconcelos Nunes (interino) Joaquim Ribeiro João Luís Ricardo João Gonçalves • António Granjo José Maria Álvares João Gonçalves (2.ª vez) Bernardino Machado (interino) Albano Portugal Durão Bernardino Machado (2.ª vez; interino) Tomé de Barros Queirós (interino) Manuel de Sousa da Câmara Francisco Fernandes Costa (interino) António Aboim Inglês Antão de Carvalho Mariano Martins Ernesto Navarro António Maria da Silva (interino) Abel Fontoura da Costa João Vaz Guedes (interino) Abel Fontoura da Costa (continuação) Joaquim Ribeiro (2.ª vez) Alexandre de Vasconcelos e Sá António Joaquim Ferreira da Fonseca (interino) Mário de Azevedo Gomes Joaquim Ribeiro (3.ª vez) Alfredo Rodrigues Gaspar (interino) António Alberto Torres Garcia Ezequiel de Campos Francisco do Amaral Reis António Alberto Torres Garcia (2.ª vez) Manuel Gaspar de Lemos António Alberto Torres Garcia (3.ª vez)

Bandeira ministerial portuguesa
Segunda República »
  • v
  • d
  • e
21.º governo republicano (1919–1920)
Presidente do Ministério
Ministros
Interior
Justiça e dos Cultos
Artur Lopes Cardoso
Finanças
Guerra
Marinha
Alfredo Rodrigues Gaspar interino (1919) • Silvério da Rocha e Cunha (1919–1920)
Negócios Estrangeiros
Alfredo de Sá Cardoso interino (1919) • João de Melo Barreto (1919–1920)
Comércio e Comunicações
Colónias
Alfredo de Sá Cardoso (1919–1920) interino no final em substituição de Castro Álvaro de Castro (1920)
Instrução Pública
Trabalho
José Domingues dos Santos
Agricultura
César de Lima Alves (1919–1920) • João Luís Ricardo sempre substituído interinamente por Domingues dos Santos (1920) • José Domingues dos Santos interino (1920)
Abastecimentos
Ernesto Navarro interino (1919)
← 20.º governo (1919) • 22.º governo (1920) / 23.º governo (1920) →
  • v
  • d
  • e
25.º governo republicano (1920)
Presidente do Ministério
António Maria da Silva, 75.º chefe de governo de Portugal
Ministros
Interior
João Pedroso de Lima
Justiça e dos Cultos
António de Oliveira e Castro
Finanças
Guerra
João Pedroso de Lima interino
Marinha
Negócios Estrangeiros
Francisco António Correia
Comércio e Comunicações
José Domingues dos Santos
Colónias
Instrução Pública
Trabalho
José da Costa Júnior
Agricultura
João Gonçalves
← 24.º governo (1920) • 26.º governo (1920) →
  • v
  • d
  • e
39.º governo republicano (1923–1924)
Presidente do Ministério
Álvaro de Castro, 87.º chefe de governo de Portugal
Ministros
Interior
Justiça e dos Cultos
José Domingues dos Santos
Finanças
Álvaro de Castro inicialmente interino
Guerra
António Ribeiro de Carvalho (1923–1924) • Álvaro de Castro interino (1924) • Olavo Correia de Azevedo (1924)
Marinha
Negócios Estrangeiros
Comércio e Comunicações
António Joaquim Ferreira da Fonseca (1923–1924) • Nuno Simões (1924) • Hélder Ribeiro interino (1924)
Colónias
Álvaro de Castro (1923) • Mariano Martins (1923–1924)
Instrução Pública
António Sérgio (1923–1924) • Hélder Ribeiro (1924)
Trabalho
Agricultura
← 38.º governo (1923) • 40.º governo (1924) →