Guerra de libertação nacional

As guerras de libertação nacional, também referidas como guerras de independência, correspondem à luta armada em prol da descolonização de um povo ou nação. São caracterizadas pela busca da autodeterminação, mediante o fim da dominação de uma força política e militar estrangeira, geralmente apresentada na forma colonial ou de invasão, seguida de ocupação militar direta do território. No caso da ocupação militar, também é chamada de "guerra de resistência".

Áreas coloniais em 1945.

Existem vários casos de lutas de libertação nacional, algumas das quais são difíceis de se distinguir dos movimentos meramente separatistas. A principal diferença está no fato de que os movimentos de libertação nacional aparecem em áreas onde há claramente uma identidade nacional separada daquela do país que colonizou a região, ou seja, pressupõe a existência de alguma identidade nacional formada anteriormente ou durante o processo de ocupação colonial. No caso do separatismo, normalmente o movimento pela secessão aparece em uma região ou província de um país quando este já é um Estado independente.

Dentre os casos de luta de libertação nacional mais importantes do século XX, destacam-se os processos de descolonização ou independência das antigas colônias europeias na África e Ásia. A longa luta de libertação nacional do povo vietnamita é tida como um caso exemplar de guerra de libertação nacional, em que o povo do país lutou contra os colonizadores franceses; depois, contra os invasores japoneses, seguidos de novos contingentes franceses e, por fim, dos invasores norte-americanos.

Dentre os casos de luta de libertação nacional envolvendo forças de resistência contra invasores que foram derrotados e não chegaram a colonizar realmente o país ocupado, destacam-se a luta da resistência francesa e da resistência soviética contra as forças invasoras da Alemanha, e a resistência chinesa contra as forças de invasão do Japão, ambas durante a II Guerra Mundial.

Atualmente existem territórios em que são travadas lutas de libertação nacional, com amplo reconhecimento internacional incluindo a existência de países que reconheceram a independência destes Estados, embora a força ocupante ainda não tenha aceito a independência:

Também existem países militarmente ocupados, onde são travadas guerras de libertação nacional pelos movimentos de resistência, geralmente envolvendo táticas de guerrilha, como no caso do Iraque.

Ver também

Bibliografia

  • Boleslaw Adam Boczek (2005). International law: a dictionary : "national liberation movement". [S.l.]: Scarecrow Press. p. 86. ISBN 978-0-8108-5078-1 
  • Mitchell, Thomas G. (2000). Native vs. settler: ethnic conflict in Israel/Palestine, Northern Ireland, and South Africa Illustrated ed. [S.l.]: Greenwood Publishing Group. ISBN 978-0-313-31357-8 
  • Richard H. Shultz (1988). The Soviet Union and revolutionary warfare: principles, practices, and regional comparisons. [S.l.]: Hoover Press. ISBN 978-0-8179-8711-4 
  • Wilson, Heather A. (1990). International law and the use of force by national liberation movements Illustrated ed. [S.l.]: Oxford University Press. ISBN 978-0-19-825662-5 
  • SALMON, Jean J.A. La Conférence diplomatique sur la réaffirmation et le développement du droit international humanitaire et les guerres de libération nationale. Revue belge de droit international (R.D.B.I.) , 1976-1 p. 27

Ligações externas

  • «Página do Comitê de Descolonização da ONU» (em inglês). (The Special Committee on decolonization ou C-24) 
  • «Trust and Non-Self-Governing Territories (1945-1999)» (em inglês). (lista de territórios não autônomos) 
  • «Trust Territories that have achieved self-determination». (lista de territórios que conquistaram a autodeterminação) (em inglês) 
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